Centro de Operações Águas do Rio conta com tecnologia para monitorar e automatizar sistemas

Foto: Pixabay

Concessionária apresentou case em Fórum Internacional de Inovação, onde presidente Alexandre Bianchini também destacou principais ações realizadas 

Como é usar a tecnologia para melhorar os sistemas de água e esgoto para cerca de 10 milhões de pessoas? A resposta foi apresentada no case do Centro de Operações Integradas (COI) da Águas do Rio, nesta quarta-feira (20), durante o Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade (FITS 2022 Água).  “Com a tecnologia empregada nos equipamentos instalados e na gestão das informações podemos identificar os gargalos, adaptar as rotinas operacionais e buscar soluções de forma proativa e mais ágil”, afirmou Luiz Couto, diretor do COI. 

De acordo com Andressa Duarte, gerente do COI, o objetivo é instituir uma cultura de prevenção e agilizar as tomadas de decisões. “Temos como saber, por exemplo, se na área atingida existem hospitais ou outros locais prioritários, conseguimos ajustar a pressão da água, para que não esteja nem tão forte que possa romper a rede, nem tão fraca que deixe a população sem água”, explicou. A gerente destacou que isso é possível a partir do monitoramento dos 25 quilômetros de rede em operação pela Águas do Rio, através da instalação de mais de mil dataloggers, os medidores de pressão. 

O COI da Águas do Rio se diferencia de outros centros de operação por contar com várias áreas da empresa interligadas no sistema. Desde a engenharia até a área de comunicação e redes sociais, passando pelo call center e pela manutenção de rede elétrica. “Isso significa controle da execução, da qualidade do que entregamos e da produtividade da empresa. Temos o monitoramento de todos os sistemas, em tempo real”, frisou. 

Os efeitos do investimento da concessionária no COI já podem ser vistos em casos práticos. O diretor do setor falou sobre a contenção de danos durante a parada da Elevatória Guaicurus, na Zona Sul da capital. “Ali, foi possível realizar manobras para equalizar a pressão, reduzir o impacto negativo da ocorrência e evitar a falta d’água”. Couto disse, ainda, que a região de São Francisco do Itabapoana também já passa pelos efeitos positivos do trabalho no centro operacional. “Ali os operadores faziam rondas e só era possível atuar quando surgiam as queixas. Hoje o sistema está 100% informatizado, conseguimos nos antecipar aos problemas e ter respostas mais ágeis”, acrescentou. 

Contenção de erros 

Mais cedo, durante o painel “O cenário do Saneamento no Estado do Rio de Janeiro após a concessão”, o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, foi enfático ao dimensionar o tamanho do desafio das empresas que assumiram a operação de água e tratamento de esgoto. “Não nos foi facultado o direito de errar, e nós não vamos errar”, pontuou Bianchini, ao falar sobre o atingimento das metas definidas no contrato de concessão.  

Segundo Bianchini, a missão é entregar dignidade aos cidadãos, por preços justos. O presidente da concessionária lembrou a experiência bem sucedida na Barreira do Vasco, onde a empresa regularizou o fornecimento de água e a coleta de esgoto e garantiu o acesso à tarifa social. “Além do acesso aos serviços de saneamento, estas pessoas percebem o ganho como dignidade. Com a conta em mãos, eles têm comprovante de residência e entendem que pagam por um serviço prestado com qualidade. A realidade mudou, e 85% das contas foram pagas antes do vencimento”, afirmou. 

O FITS 

Idealizado e realizado pelo Centro Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, o FITS Água foi realizado na sede da Fecomércio, no Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de julho. O evento trouxe palestras e apresentações de cases para discutir a visão local sobre água e saneamento alinhada à global, em prol da sustentabilidade e do desenvolvimento humanos. 

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