Em Tóquio, pesquisadores investiram em um experimento que já tinha sido sucesso com camundongos na criação de espermatozoides, porém nada tão aperfeiçoado para a espécie de mamíferos mais próximos dos humanos.

Desta vez, a pesquisa foi feita com ratos de laboratório, que apresentam semelhanças fisiológicas com humanos e, o resultado, foi o nascimento de filhotes que nasceram saudáveis através dos espermatozoides criados.  Casais com problema de infertilidade poderão se beneficiar com a descoberta! Segundo a Dr Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Vida-Centro de Fertilidade e especialista em reprodução humana, essa descoberta pode beneficiar, principalmente, os casais cujo o problema de infertilidade é causado por uma alteração severa no sêmen , como por exemplo, a total falta de produção de espermatozoides (azoospermia) ou uma alteração grave na qualidade que gere apenas espermatozoides mortos (necrozoospermia). Nesses casos, muitas vezes, não se consegue espermatozoides viáveis, nem através da punção direta do testículo, e o casal precisa da doação de sêmen para alcançar o sonho da gravidez.

Uma vez sendo possível a formação de espermatozoides através de células tronco, o casal vai conseguir a gravidez com o seu próprio material genético sem precisar da doação. De acordo com a especialista, a criação de espermatozoide foi feita através da célula-tronco. Ela é uma célula com capacidade única de se desenvolver e se transformar em qualquer tipo de célula presente no corpo humano.

Podem se dividir várias vezes (alta capacidade de multiplicação). Enquanto se dividem, podem se transformar em outros tipos de células do corpo humano. “A partir dessa descoberta, começa a se desenhar um futuro igual para os óvulos. Nos dias atuais, as mulheres estão deixando para engravidar mais tarde e, para estes casos, existe a possibilidade do desenvolvimento de óvulos com essa mesma tecnologia para ajudar mulheres a realizar o sonho da gravidez com o seu próprio material genético”, confirma a médica. 

Por se tratar de uma técnica experimental, a Dra Maria Cecília explica que ainda vai demorar alguns anos até se tornar aplicável ao ser humano, porém, é um avanço da ciência que deve ser comemorado pois abre uma porta de esperança para os homens que sofrem com a azoospermia.