Professor de Educação Física da FSG, aponta os perigos que a falta de atividade física pode ocasionar, principalmente para quem trabalha de Home office;

A pandemia proporcionou um novo olhar para as possibilidades do trabalho remoto, uma vez que diversas instituições do mundo aderiram ao Home Office e seus benefícios, fazendo com que as empresas perpetuem este formato devido ao tempo e praticidade que o ambiente proporciona. Apesar disso, trabalhar em casa pode causar complicações tanto para a saúde mental como para a física, por isso, é preciso se atentar.

De acordo com o professor do curso de Educação Física do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG, Dr. Rodrigo Rodrigues, o ambiente de trabalho presencial, na maioria dos casos, costuma oferecer cadeiras ajustadas e altura de tela. Em casa, o mesmo deve ocorrer, do contrário, isso pode gerar desconforto por excesso de uso na manutenção daquela posição, como na coluna cervical e lombar, quadril e punho.

O grande tempo em que as pessoas passam sentadas na frente do computador, prejudica a saúde, portanto, a realização de exercícios físicos deve ocorrer com frequência, para que o efeito protetor da ação diminua o risco de desconfortos.

“O caminhar é uma ferramenta muito importante para que o nosso sistema cardiovascular funcione adequadamente, gerando um efeito protetor para a nossa saúde, já que o comportamento sedentário se combinado com hábitos alimentares inadequados, gera ganho de massa corporal, alterações em perfil lipídico e glicídico, entre outros”, explica o educador. 

De acordo com o professor da FSG, a grande maioria das diretrizes sobre prática de atividade física costuma indicar a realização de exercícios por semana, com isso, o hábito semanal de 150 a 300 minutos de atividade moderada, onde a pessoa apresenta alteração na respiração e consegue se manter conversando, ou de 75 a 150 minutos, que é quando a conversa não é capaz de ser mantida de forma ininterrupta, são os exercícios essenciais para quem trabalha em casa. 

“Para exercícios com ênfase cardiorrespiratória, é importante atingir essa minutagem, independentemente de como os minutos serão divididos na semana e a prática regular de treinamento de força deve sempre ser incluída.”, afirma.  

Segundo o professor Rodrigo Rodrigues, tanto para quem trabalha remotamente quanto presencialmente, o mais importante é que algum tipo de atividade física seja realizado. A dica é procurar algo que goste, assim conseguirá ter mais frequência. “O primeiro passo é sair do comportamento sedentário, ou seja, levantar por 5 minutos a cada 30 minutos de trabalho sentado, já é algo importante. Portanto, exercícios com ênfase cardiorrespiratória: caminhadas, corridas, entre outros, além de exercícios de força e flexibilidade, se constituem em pilares importantes que devem ser contemplados na prática escolhida. Para isso, o acompanhamento de um profissional de educação física é fundamental”, explica o mentor.

Por fim, o especialista ressalta que a realização de exercícios, deve ser vista como essencial por todos. “A prática de atividade deve ser vista como prioridade por todas as pessoas, uma vez que é uma política pública barata e traz benefícios em todos os aspectos da saúde, já que existem muitas opções de exercícios físicos, como caminhadas, corridas, andar de bicicleta, musculação, CrossFit, yoga, danças, ginásticas, esportes, entre outros”, finaliza.