Remédios mais caros a partir deste mês

O aumento dos medicamentos chegou a 4,33%, enquanto o reajuste dos aposentados do INSS não passou de 3,43%

Os cariocas estão indignados com o aumento do preço dos remédios. O reajuste foi superior ao dos aposentados do INSS. Enquanto os medicamentos tiveram um acréscimo de 4,33%, os aposentados tiveram um reajuste no seu benefício de apenas 3,43%. Quase empatou com o aumento do salário mínimo, reajustado em 4,6%. O governo federal autorizou esta alta, ficando, inclusive, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula de março de 2018 a fevereiro de 2019, 3,89%. Em comparação aos anos anteriores, o reajuste deste ano vai atingir todos os remédios. Os mais penalizados, em particular, são os aposentados dependentes de medicamentos de uso contínuo.

A presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj), Yedda Gaspar, faz crítica ao reajuste mais alto que o aumento dos aposentados e declara: “Daqui a pouco o aposentado não vai ter nem como comprar os remédios para se manter vivo”.

Yedda relata que toma dez medicamentos diariamente e no sábado (30), ao realizar uma busca pela internet, já percebeu o aumento no preço e quase teve “um treco”. “O Alenia, que uso para asma, custava R$ 79 e agora está R$ 93. Como vou comprar”?, indagou a aposentada.

“Essa matemática do governo é nefasta. O aumento do meu benefício este ano não chegou a R$ 100 e só em um remédio vou ter que pagar R$ 93. Quando comprar os outros nove que tenho que usar todos os meses – e com o valor reajustado acima da aposentadoria – será que vai sobrar alguma coisa?”, questiona D. Yedda.

O Ministério da Saúde diz em nota que o percentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Com isso, cada empresa pode optar por aplicar o índice total ou menor.

E para quem está com a mão na cabeça, desesperado sem saber como comprar seus remédios com este novo aumento, segue algumas dicas de economia que irá ajudar na hora da compra dos seus medicamentos.

A primeira dica é fazer pesquisa de preços. Sempre que possível, também faça o cadastro de fidelidade nos estabelecimentos a fim de obter descontos.

Outra dica importante é priorizar os medicamentos genéricos. Tenha sempre em mãos o nome do princípio ativo, e não o comercial.

Na primeira oportunidade, realize um cadastro na Farmácia Popular. Alguns medicamentos são gratuitos, como os remédios para diabetes, por exemplo.

E finalmente, corra atrás de medicamentos gratuitos oferecidos pelo SUS. O Ministério da Saúde coloca à disposição para todos, remédios para muitas doenças nas unidades básicas de saúde. Basta levar a sua receita, que não precisa ser do médico do SUS e a identidade para retirá-los.

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