Iniciativa tem como objetivo atuar de forma preventiva contra o baixo volume de chuvas. Medida faz parte do Plano Verão e prevê também melhora na qualidade da água do Guandu
O baixo volume de chuvas, que acendeu o sinal de alerta em todo o país, levou o Governo do Estado a criar um Comitê de Segurança Hídrica composto por técnicos das secretarias da Casa Civil, do Ambiente e Sustentabilidade, da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente. A medida foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (24/09). O objetivo é, de forma preventiva, lançar um plano de ações com soluções para conter os impactos da situação hídrica.
A iniciativa faz parte do Plano Verão, com ações de curto prazo integradas para a qualidade da água e do ecossistema da Bacia do Guandu, que hoje abastece a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
– Vamos atuar de forma preventiva, com um grupo extremamente técnico, para tomar providências que evitem uma situação mais crítica. Ao mesmo tempo, também estamos trabalhando para melhorar a qualidade da água fornecida à população – afirmou o governador Cláudio Castro.
Abastecimento
A Cedae acompanha todos os dados sobre a variação dos níveis dos rios onde capta água. Os dois principais sistemas de abastecimento – Guandu e Imunana-Laranjal – operam, hoje, normalmente, sem redução na produção de água.
No entanto, a estiagem reduziu a produção em alguns sistemas de abastecimento menores. Por isso, a Cedae não trabalha com alerta de racionamento de falta d’água no momento, mas orienta que a população economize.
Ações do Estado
Uma das iniciativas do grupo é o Plano Verão, focado na Bacia do Guandu, que consiste em medidas para reduzir sensivelmente os riscos de falta de água e a ocorrência de geosmina durante esse período. Entre as ações, destacam-se a Implantação de Unidades de Tratamento de Rios (UTRs) na Baixada Fluminense, diminuindo a poluição de rios da região; aumento do volume de bombeamento do Rio Guandu para as lagoas próximas à estação de tratamento de água, como forma de renovar a água, baixar a temperatura e reduzir os fatores que contribuem para a concentração de algas produtoras da geosmina; e desassoreamento dos rios que desaguam no Guandu antes, portanto, da captação para tratamento na ETA Guandu.
O plano conta ainda com o Programa Sanear Guandu, que atenderá as áreas atualmente localizadas fora do perímetro de concessão dos serviços de saneamento por meio de sistemas alternativos de esgotamento, evitando o lançamento diário de três toneladas de carga orgânica na região; automação e modernização das Estações de Tratamento de Água (ETAs); plantio de árvores, ações de reflorestamento e proteção de mananciais e matas ciliares; construção da nova estação de tratamento do Guandu – Novo Guandu; e adoção de medidas para aumentar a oferta de água nos municípios do interior.
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