Apesar da média de mortes ser a menor dos últimos meses, o estado vive o maior pico de casos desde o início de 2021, devido a chegada da nova variante Delta. Dos casos confirmados no estado do Rio de Janeiro, 60% foram infectados pela nova variante.  Segundo o Dr. Marcos Villela Pedras Polônia, médico, Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, sócio-diretor da Clínica de Medicina Nuclear Villela Pedras, houve aumento significativo na procura pela realização dos testes e, principalmente uma tendência de aumento no percentual de positivos.  

“Há cerca de uma mês a positividade era em torno de 05 a 08 % e ao longo deste período vem mantendo uma tendência de aumento alcançando média de 15-18%. Recentemente, em um dia específico alcançamos 22% de positivos”, afirma o especialista. O médico explica que a maior vantagem da testagem é identificar as pessoas que são assintomáticas. Essas pessoas são carregadoras do vírus para outras pessoas, inclusive do grupo de risco, que podem manifestar sintomas graves, enquanto elas mesmas não estão sentindo nada de diferente.   

“Não existe um período pré-determinado de prazo entre os exames, o que se estimula é a não aglomeração, entretanto, caso isso não seja possível, a testagem pré ou até mesmo pós aglomeração (ou na evidência de algum caso suspeito durante aquele momento de exposição), o interessante é que se faça testagem, mesmo que em pequenas reuniões”, orienta o Dr. Marcos. 

O especialista alerta que os testes não são um atestado de liberdade dos cuidados, mas sim uma forma de identificar os assintomáticos que são positivos e evitar o contágio entre amigos e familiares no período.  Ainda segundo o médico, o resultado negativo do teste de antígeno indica a ausência de carga viral no organismo, mas tem uma janela de 3 dias em que a pessoa pode estar contaminada e o teste não identificar. Entretanto, entende-se que neste momento a carga viral pode ser muito baixa para transmitir, quando na presença de cuidados de distanciamento e máscaras.