Azuslazus: Roupas com a Liberdade de ser quem se é

Sem precisar explicar, apenas ser. Assim surgiu a Azuslazus. Uma marca slow fashion (tendência que aposta na qualidade e durabilidade das roupas) que acredita na liberdade de expressão corporal e no exercício diário de amar-se. Um ateliê de roupas, não sob medida, mas sob desejos. Com as modelagens das roupas definidas por dois princípios fundamentais: Economia de tecido (afinal, um bom encaixe no corte das peças evita desperdício, contribui com o meio ambiente e ainda garante um preço justo às roupas) e conforto (acolhendo um corpo real).

Vanessa Korsakov é a idealizadora da marca, e teve a oportunidade de trabalhar em todos os segmentos de uma confecção fast fashion (produção rápida e em grande escala das roupas). Ela nos conta um pouco de tudo o que vivenciou e porque a Azuslazus foi pensada para atender à todos.

“Vi tamanhos e formatos de corpos serem esquecidos. Vi um vermelho ou azul claro simplesmente excluídos de coleções por não serem tendência. Vi braços “fora dos padrões estéticos” serem cobertos por mangas em pleno verão e barrigas definitivamente negadas a algumas peças de roupas. Fui notando necessidades e gerando o desejo de criar uma marca com roupas que acolhesse o ser humano. Quando pensei no nome, quis uma palavra que não excluísse ninguém, que tivesse um significado no imaginário de cada um. Azuslazus foi sugerido pela minha filha, que contou que em suas brincadeiras de criança usava “azuslazus” pra nomear tudo que não sabia o nome ainda.” – conta Vanessa.

Na Azuslazus todo o processo das peças é artesanal, começando pela escolha de tecidos. São priorizadas sobras de grandes confecções, que por serem inviáveis na produção de larga escala, voltam em pequenos rolos ou mesmo em alguns metros de tecido às lojas varejistas que são adquiridas por Vanessa, que assim usa tecidos sem defeitos e de qualidade na produção. O que garante a durabilidade das peças e as tornam únicas, já que a produção é pequena e os tecidos ”garimpados”, muitas vezes são verdadeiras preciosidades. As peças também são lavadas à mão e estendidas à sombra de forma consciente e menos prejudicial ao meio ambiente possível.

“Tudo tem e precisa de um tempo para ser feito e oferecido com qualidade, com respeito à quem produz, a quem paga pelo produto, respeito ao significado de mais uma peça de roupa no mundo. Por isso todo o processo é artesanal. Leva tempo pensar e fazer a modelagem ideal, que fique bonita, confortável, o encaixe do molde no tecido, o corte, o aproveitamento do tecido que sobra (que é doado para comunidades que ensinam artesanato como patchwork, enchimento de almofadas ou brinquedos) e a costura de qualidade a fim de render uma boa vida útil à peça.”

A marca ainda investe em sacolas ecológicas para o envio das peças e em pequenos mimos, como aromatizadores de ambientes e chás artesanais que são oferecidos aos clientes juntamente com os pedidos. Tudo feito por mulheres e/ou produtores pequenos, por iniciativa e desejo de criar uma consciência de apoio uns aos outros.

“Provo as peças em mim, escolho local com iluminação boa, em casa mesmo, a fim de registrar a cor e forma mais fiel possível da peça real, pois ainda temos o desafio da confiança de vender uma peça de roupa através da loja on-line, além de postagens com dicas minhas e meu modo de pensar sobre amor próprio, consumo consciente e liberdade de ser quem se é.”