Declarações de admiração e acordos firmados deram o tom no encontro entre Bolsonaro e Trump

Início de relação marcada por elogios, muitos sorrisos e acordos firmados

Este foi o tom do encontro entre os presidentes em Washington, nos Estados Unidos durante o início desta semana, especificamente, na Casa Branca. Em entrevista coletiva conjunta na capital norte-americana, os chefes de estado priorizaram os assuntos sobre a Venezuela diante das preocupações bilaterais.

O encontro amistoso aconteceu à portas fechadas, quando Bolsonaro presenteou Trump com uma camisa da seleção brasileira, no Salão Oval, que prontamente o retribuiu com a camisa 19 da seleção americana de futebol. Em elogios a campanha do presidente brasileiro, Trump afirmou que “o caso do socialismo chegou ao nosso Hemisfério Ocidental” e disse também que irá qualificar o Brasil como aliado extra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Interrogado por uma jornalista americana sobre como vai ficar a relação entre Brasil e Estados Unidos caso um adversário de Trump vença as eleições de 2020, Jair Bolsonaro sentenciou sua crença na reeleição de Trump: “ É um assunto interno e respeitaremos o resultado das urnas em 2020. Mas eu acredito piamente na reeleição do presidente Trump”. “Obrigado, eu concordo prontamente”, sorriu o presidente americano.

Ao ser questionado sobre uma possível ingerência militar na Venezuela, Bolsonaro se mostrou mais cauteloso: “Tem certas questões que se você divulgar deixam de ser estratégicas. Essas questões não podem se tornar públicas. Certas informações, se vierem à mesa, não podem ser debatidas de forma pública. É uma questão de estratégia e tudo que tratarmos aqui será honrado”.

Trump disse em entrevista que a vitória de Bolsonaro “uniu o Brasil” e “foi um feito e tanto” e que os dois países nunca estiveram tão próximos quanto agora. “Temos uma grande aliança com o Brasil, a maior que já tivemos”, declarou Donald Trump.

Bolsonaro retribuiu os elogios declarando que sua admiração pelos Estados Unidos cresceu com a eleição de Trump e afirmou ser o primeiro presidente brasileiro não antiamericano “após algumas décadas”. 

“Temos muito em comum com o senhor Donald Trump e isso pra mim é motivo de orgulho e satisfação. Ele quer uma América grande, como eu quero um Brasil grande também. A partir deste momento, o Brasil mais do que nunca está engajado com os nossos Estados Unidos”, disse Jair Bolsonaro.

“Estados Unidos e Brasil estão irmanados na fé em Deus, contra a ideologia de gênero, o politicamente correto e as fake news. Selamos uma aliança promissora entre as duas maiores democracias das Américas”, falou o presidente brasileiro, que ainda comenta a relação comercial do Brasil com a China. “O Brasil vai fazer negócios com o maior número de países do mundo, mas sem viés ideológico”.

Ao final da entrevista coletiva, Donald Trump declarou que “Nossas nações trabalharão juntas para proteger os nossos povos contra o terrorismo, do crime transnacional, das drogas, do tráfico de armas e de pessoas, que está agora na vanguarda do crime”.

“O presidente Bolsonaro e eu estamos comprometidos em reduzir as barreiras comerciais, facilitar o investimento e a inovação em uma série de indústrias, energia, agricultura, tecnologia. O presidente tem uma visão de liberar o setor privado, de abrir a economia”, falou Trump após encontro com o Bolsonaro.

Trump ainda completou que “e esse é o caminho para que o Brasil tenha um crescimento econômico forte. Nossas empresas estão prontas para entrar quando estas regras do jogo forem iguais”.

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