Dois trens da Supervia no Rio de Janeiro colidiram na manhã desta quarta-feira (27), deixando oito feridos e o maquinista foi a óbito após sete horas de resgate
Na manhã desta quarta-feira (27), dois trens da SuperVia colidiram na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, na estação de São Cristóvão. Entre os feridos, sete foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas já foram liberados. Apenas um, segue hospitalizado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. O maquinista de uma das composições ficou preso às ferragens por mais de sete horas.
De acordo com a nota emitida pelo Corpo de Bombeiros, “o trabalho foi lento, meticuloso e exige perícia técnica dos militares envolvidos. A prioridade é o suporte à vida da vítima”.
Durante a tentativa de resgate, com ajuda dos bombeiros, o condutor respirava com ajuda de um tubo de oxigênio, além de receber soro e bolsas de sangue. Segundo informações da corporação, o mesmo manteve-se lúcido e conversava com a equipe de resgate, mas ao ser retirado debaixo do vagão, o condutor já estava desacordado.
Socorristas tentaram durante 30 minutos reanimar o condutor Rodrigo Assunção, que acabou indo a óbito após ser retirado do trem. Rodrigo foi retirado das ferragens por volta das 14h30min em uma maca. Massagens cardíacas foram feitas e desfibrilador foi usado para tentar salvá-lo.
“Ele foi muito forte, com certeza foi. Nesse momento, a gente se solidariza com a família, um momento de tristeza”, afirma o capitão do Corpo de Bombeiros Rodrigo Barbosa, que faz parte do Grupamento de Busca e Salvamento.
De acordo com Sandro Ricardo Moreira, morador de Duque de Caxias e uma das vítimas feridas no acidente, “eu rolei no chão, bati e machuquei”. Ele teve uma luxação no joelho esquerdo durante a colisão do trem.
A colisão aconteceu com um trem do ramal de Deodoro, que vinha da Central e outro não identificado que também saiu da Central. Um deles estava parado no momento da colisão. A batida foi tão violenta que uma locomotiva de um dos trens se soltou do chassi e ficou esmagada.
Em nota divulgada pela concessionária, uma sindicância foi instaurada para apurar as causas do choque. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) também informou que está investigando as circunstâncias do acidente. “Equipes técnicas foram enviadas à estação para fazer o levantamento do local do acidente. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada”, informa a nota.
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