Cerca de 70 mil alunos em situação de vulnerabilidade social poderão ir à escola em sistema de revezamento de turmas e em dias alternados
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) anunciou que vai priorizar os 70 mil alunos em situação de maior vulnerabilidade social – cerca de 10% da rede estadual de ensino – no retorno das aulas presenciais em março. Por não possuírem dispositivo eletrônico que dê a eles condições de acompanharem as aulas remotas, os estudantes poderão ir à escola em sistema de revezamento de dias e turmas. O plano a ser adotado dependerá das recomendações do Comitê Científico e das autoridades de saúde.
– Esse aluno socialmente vulnerável, que não possui nenhum tipo de dispositivo eletrônico, ficou à margem da educação no ano de 2020. Isso não pode se repetir este ano. Se esse jovem não tem condição de ter acesso às aulas remotas, ele terá prioridade no plano presencial – explicou o secretário de Educação, Comte Bittencourt, que informou, também, que esses alunos receberão material didático impresso produzido pelos professores da rede.
Ainda de acordo com o secretário, 90% dos 700 mil alunos que compõem a rede estadual possuem celular com algum acesso à internet. Para ofertar o ensino remoto a esses jovens, em março, a Secretaria irá lançar um link patrocinado para que os estudantes tenham acesso ilimitado aos conteúdos online sem gastar seus próprios pacotes de internet. Um novo aplicativo também reunirá as videoaulas e material didático para consulta e impressão.
– O estado já está contratando uma plataforma que vai abarcar todo o conteúdo de ensino remoto, além das aulas ao vivo no Google Classroom. O acesso a esse material estará disponível para profissionais da educação e alunos, que vão poder navegar 24h nos sete dias da semana, usando exclusivamente a nossa conectividade. Com o link patrocinado e o aplicativo, resolveremos os problemas de ensino de 90% da nossa rede – afirmou.
Para ampliar a conectividade da rede, a Seeduc também investiu R$ 4 milhões em verba extra para que as 1,2 mil escolas invistam em banda larga. As unidades escolares, que terminaram 2020 com uma média de apenas 1 Mega de velocidade de internet, terão o mínimo de 20, chegando até 100 Mega, de acordo com o quantitativo de estudantes matriculados. O salto de conexão inclui a disponibilização de wi-fi para alunos e profissionais dentro do ambiente escolar.
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