Especialista da Unimed Petrópolis reforça a importância de prevenção
Mais de 16 milhões de brasileiros adultos sofrem de diabetes, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016. A doença é causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. Embora seja muito falada pela maioria das pessoas, a diabetes pode motivar complicações ainda desconhecidas pelo público.
O pé diabético é um exemplo de problema que, conforme sugere o nome, ocorre nos pés de portadores da doença e que tem chances de evoluir para a amputação do membro se não for tratado. O médico da cirurgia vascular e endovascular do Hospital Unimed Petrópolis, Eduardo Loureiro, fala das alterações que caracterizam a síndrome.
“Os pés dos diabéticos são áreas muito vulneráveis e podem ser comprometidos por problemas na circulação (arteriopatia) e perda de sensibilidade (neuropatia periférica), que favorecem o aparecimento de lesões tróficas que, frequentemente, são infectadas. Desse modo, colocam em risco não somente a viabilidade do membro, como a própria vida do paciente. É, sem dúvida, um grande problema de saúde pública”, explica o especialista.
Segundo estatísticas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional do Rio de Janeiro, 15% a 25% dos pacientes diabéticos irão apresentar algum tipo de lesão ao longo da vida.
Ainda de acordo com o médico Eduardo Loureiro, os sintomas do pé diabético variam de acordo com a gravidade do quadro clínico de cada pessoa. A recomendação é de que os pacientes fiquem atentos ao aparecimento de vermelhidão, dormência, edema (inchaço) nos pés ou nos dedos acompanhados de febre ou mal estar. A busca por um cirurgião vascular é fundamental, atentando-se ao fato também de que este é um problema que requer atendimento multidisciplinar.
Prevenção
O auto exame dos pés deve ser somado a outras medidas capazes de prevenir o pé diabético e demais alterações decorrentes da doença, como ressalta o especialista.
“O paciente diabético deve procurar fazer a dieta de forma balanceada, fazer exercícios diários. Além de de evitar as alterações do diabetes a longo prazo, proporcionam uma melhora fundamental na área circulatória, que é, talvez, a área de maior dificuldade para o paciente diabético”, esclarece o médico, que destaca ainda que a prevenção é o melhor tratamento para a grave síndrome.
Brasil tem muitos casos de diabetes
O Brasil é o país com o maior número de pessoas com diabetes na América Latina – 16,5 milhões de brasileiros, segundo a Federação Internacional de Diabetes. Ainda assim, metade desse número de portadores desconhece o diagnóstico. Estatística que reforça a importância da atenção voltada para os possíveis sintomas e alerta ao desencadeamento de outros problemas.
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