Dia Nacional de conscientização foi celebrado no domingo (27)
Transformar uma morte em cinco novas vidas. A frase parece irreal, mas está ao alcance de todos nós. É isso que a doação de órgão pode fazer. O transplante de córneas, por exemplo dá a chance de duas pessoas verem o mundo pela primeira vez, oportuniza um novo futuro para toda a família. A importância da conscientização da doação de órgãos precisa ser reforçada durante todo o ano, mas ganha ainda mais destaque neste mês, com a campanha Setembro Verde e o Dia Nacional, celebrado no último domingo (27). Uma única pessoa pode salvar diversas vidas.
É pensando na importância dessa ação que, desde julho de 2018, o Hospital Unimed Petrópolis possui uma parceria com o Programa Estadual de Transplantes (PET), que tem como objetivo aumentar o número de transplantes de órgãos e tecidos no Estado do Rio de Janeiro. O presidente da Unimed Petrópolis, Rafael Gomes de Castro, explica que a doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem e medula).
“A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Normalmente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.”, orienta Rafael Gomes de Castro.
O vice-presidente da Unimed Petrópolis, Cesar de Augusto de S. Thiago anuncia que desde 2018 foram realizadas três captações, que resultaram nos transplantes de rins, tíbia, fêmur e córnea. Ele explica como ocorre a parceria entre o Hospital e o Programa Estadual de Transplantes.
“Caso o paciente tenha as condições clínicas necessárias e seja doador, a equipe médica do Hospital Unimed, que assiste o paciente, comunica-se com o Programa Estadual de Transplantes e estes enviam equipe médica para realizar a captação dos órgãos em nosso Centro Cirúrgico”, disse.
Espaço e profissionais qualificados
A realização da captação de órgãos não só exige a qualificação de profissionais, como também as condições ideais de estrutura.O coordenador do Centro Cirúrgico da unidade, o Angiologista e Cirurgião Vascular Eduardo Loureiro, explica sobre a adequação do espaço onde os procedimentos são realizados.
“A estrutura hospitalar tanto na captação quanto na realização de transplantes, impõem parâmetros muito rígidos de qualidade em todos os setores envolvidos na sua realização. O Centro Cirúrgico possui todas as condições tanto para a captação de órgãos quanto para a realização de transplantes. Já abrigamos várias equipes para captação de órgãos – que tem toda uma cadeia de sincronização – com muito sucesso”, disse Eduardo Loureiro.
“Normalmente contactamos o anestesista de plantão para realização do procedimento. A equipe de captação é acionada geralmente pelo setor onde o paciente está internado. Admitimos esse paciente, seguimos todo protocolo de uma cirurgia, ocupamos uma sala cirúrgica e disponibilizamos de todo insumo necessário”, complementa a enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Unimed Petrópolis, Karla Telles.
Fila de espera no Brasil
A espera por transplantes no Brasil é grande. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, 40.740 indivíduos esperam por esse momento no país. Os dados tornam ainda mais evidente a importância da doação de órgãos.
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