Micro e pequenas empresas fluminenses continuam com dificuldades para conseguir crédito

Governo federal garante mais R$ 12 bilhões na operação de linha de crédito

O Governo Federal prorrogou por mais três meses, o Pronampe, a linha de crédito para as micro e pequenas empresas. Desta vez, mais de R$ 12 bilhões serão disponibilizados para a manutenção dos pequenos negócios. O novo prazo para a formalização de novas linhas de crédito é importante para recuperar o capital de giro das MPEs. Novo levantamento do Sebrae, com foco no Estado do Rio de Janeiro, aponta que, 64% dos empreendedores fluminensespediram crédito às instituições financeiras e tiveram o pedido recusado, 22% aguardam resposta e apenas 14% tiveram o seu pedido atendido. A pesquisa ouviu 550 empresários, entre os dias 27 e 30 de julho.

As principais razões de crédito negado, quando informada pelos bancos, são o CPF negativado ou que a empresa encontra-se negativada no CADIN/Serasa. Existe uma parcela do empresariado que prefere ficar longe das instituições financeiras. A falta de capacidade de arcar com dívidas acima de sua capacidade operacional ou a avaliação de que a empresa não precisa foram apontados como razões para esse distanciamento / não darem entrada no pedido. Para a coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio, Taniara Castro, o alto índice de reprovação é causado pelo excesso de garantias exigidas pelas instituições financeiras.

“Em momentos de crise é preciso estimular o desenvolvimento econômico. Nossas pesquisas apontam as dificuldades que os pequenos negócios enfrentam para obtenção de empréstimos.A iniciativa de estender o Pronampe é a mais acertada. Os empresários precisam de uma linha de crédito simplificada. Da última vez, os recursos iniciais foram esgotados em 15 dias. A tendência é que mais empreendedores consigam essa receita para manter o negócio funcionando”, explica a coordenadora.

Atualmente, o Rio de Janeiro conta com cerca de 1,6 milhão de pequenos negócios (MEI, micro e pequena empresa), responsáveis por 51% dos empregos formais do Estado.

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