Resultados recordes na qualidade de fornecimento de energia e redução de custos foram ofuscados pelos impactos econômicos da Covid-19 na distribuidora
A Light teve resultados recordes na qualidade de fornecimento de energia a seus clientes, aprimorou procedimentos de controle e gestão, reduziu custos gerenciáveis e, com isso, diminuiu os impactos negativos da pandemia da Covid-19 nos resultados do 2º trimestre de 2020.
“Este foi um trimestre particularmente desafiador para a Companhia, principalmente por conta dos impactos da pandemia nos resultados da distribuidora. Mas a Light segue forte em termos operacionais, tomando todos os cuidados que o momento requer. Mantivemos nossa operação em campo e as atividades administrativas ainda mais focadas para atingir os resultados do nosso plano de turnaround. E conseguimos entregar excelentes resultados na qualidade do fornecimento, neste contexto de pandemia em que a nossa energia é ainda mais essencial”, afirma Ana Marta Horta Veloso, diretora-presidente da Light.
Os principais impactos negativos da pandemia nos resultados da distribuidora foram a queda de mercado, de 15,6% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e a piora da arrecadação, A taxa de arrecadação encerrou o trimestre em 95,4%, 5,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo da taxa do segundo trimestre do ano passado.
Por outro lado, no front operacional os resultados seguem robustos. As perdas de energia continuaram caindo neste trimestre. A perda total sobre a carga fio (12 meses) foi de 25,29%, menos 0,47 p.p.na comparação com o mesmo período de 2019 (2T19) e 0,15 p.p. abaixo do resultado do primeiro trimestre de 2020.
Nos primeiros seis meses de 2020, o volume de perdas da Light caiu 911 GWh, o suficiente para abastecer toda a Zona Sul do Rio de Janeiro por um período de 4 meses.
As perdas não-técnicas sobre faturamento de baixa tensão (12 meses), por sua vez, fecharam o trimestre em 49,53%, 0,72 p.p. menores do que as registradas no primeiro trimestre de 2020.
O resultado positivo no combate ao furto de energia, mesmo durante a pandemia, é fruto de uma série de ações, como a melhoria de processos de identificação de fraudes e sua consequente regularização, e o aperfeiçoamento no treinamento e na gestão das equipes de campo.
A Light reduziu, ainda, as contingências judiciais em R$ 14 milhões, ou 16% em relação ao 2T19, ajustadas pelos impactos do Plano de Demissão Voluntária, e o custo operacional (PMS – Pessoal, Material e Serviços) em R$ 27 milhões, na comparação com o 2T19, o que representa diminuição de 10%.
Entretanto, como consequência dos impactos econômicos da pandemia da Covid-19 nos resultados da distribuidora, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Light foi de R$145 milhões no 2T20, 62,4% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado.
O prejuízo líquido consolidado no trimestre foi de R$45 milhões, reflexo dos efeitos da Covid-19, que reduziram o impacto positivo da melhoria operacional no combate às perdas, na redução das contingências judiciais e na redução do PMS (gastos com pessoal, material e serviços). No mesmo período de 2019, a empresa teve lucro de R$11 milhões.
Destaca-se o lucro de R$70 milhões da Light Energia, empresa de geração do grupo Light, no 2T20, frente a um prejuízo de R$2 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.
Outro indicador positivo é o da relação entre dívida líquida e Ebitda, que ficou em 3,07 vezes (no 1T20, 3,06 vezes). O índice fica bem abaixo do limite de 3,75 vezes estabelecido como covenant na maioria dos contratos de financiamento (covenants são as garantias de contratos de financiamento ou empréstimo, que estabelecem compromissos como não aumentar a relação dívida/Ebitda).
O caixa consolidado fechou o trimestre em R$ 995 milhões, frente a um vencimento de dívida de R$ 357 milhões até o final do ano. Em abril/20, a Light recebeu R$105 milhões de repasse de fundos setoriais, captou R$400 milhões em debêntures e, como forma de preservação de caixa, seus acionistas aprovaram em assembleia a retenção de dividendos referentes a 2019, que serão pagos em exercícios futuros.
Até 13 de agosto, o caixa da Companhia foi reforçado com R$1,5 bilhão, sendo R$ 500 milhões de captação em debêntures e R$ 1 bilhão de recursos da Conta-Covid.
Com relação à qualidade do fornecimento, os indicadores de Duração Equivalente de Interrupção (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção (FEC), a Light registrou, em junho/20, resultados recordes, ficando em linha com as melhores e maiores distribuidoras do país.
O DEC, que indica a média de horas que unidades consumidoras ficaram sem energia no período de 12 meses, foi de 6,42 horas no 2T20, redução de 8,2% em relação ao reportado no 1T20.
Já o FEC, que aponta quantas vezes, em média, unidades consumidoras tiveram interrupção de fornecimento, foi de 4,27 vezes no 2T20, em linha com o resultado de março/20. Ambos os indicadores estão abaixo do limite estabelecido pela ANEEL.
Houve aumento de 11,3% no total de funcionários próprios com relação ao mesmo período do ano anterior. A estratégia de primarização de mão-de-obra tem como foco principal as áreas ligadas às atividades de combate às perdas, atendimento a emergências e pedidos de novas ligações. O resultado tem sido muito positivo, com aumento da produtividade e da qualidade dos serviços prestados, mesmo em tempos de quarentena.
Deixe o seu comentário