Dos eletrônicos ao supermercado e farmácia, devido ao isolamento social, brasileiros consolidaram hábitos de compra online que devem se estender após normalização da economia
O Brasil é o país que mais fatura com o e-commerce na América Latina, de acordo com dados da Ebit/Nielsen. Cada vez mais, os brasileiros vão comprar online , de forma recorrente, e em mais categorias de produtos. Em 2019, 5,3 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet, de acordo com a Webshoppers. O varejo online nacional, faturou R$ 26,4 bilhões apenas no 1º semestre do ano passado.
No entanto, 2020 vem se mostrando o ano mais promissor, até agora, para os comércios eletrônicos: um crescimento da ordem de 300% na criação de novas lojas virtuais foi registrado, antes mesmo do final do primeiro semestre. Atualmente, a pandemia causada pela COVID-19 acentuou a necessidade de realizar compras remotamente. No período entre 3 de março e 6 de abril, um relatório Ebit/Nielsen mostra um aumento de 18,5% nas compras por e-commerce em relação à semana anterior.
Este incremento vem sendo percebido inclusive em categorias que o consumidor ainda demonstrava preferência pela compra presencial. A ida aos estabelecimentos da vizinhança, ou aquela compra à caminho de casa, entre um compromisso e outro, deram lugar aos pedidos online.
Supermercado e farmácia a um clique de distância
Quem não compra pela internet, se tornou a exceção. 85% dos brasileiros com smartphone, compram de sites regularmente, de acordo com informações da Mobile Time e Opinion Box.
Durante a quarentena brasileira, os pedidos de supermercado online quase triplicaram na segunda quinzena de março, com um incremento de 270,3% em relação a primeira quinzena do mês, de acordo com uma pesquisa realizada pela ABCOMM. O comportamento, no entanto, não é novo. Se trata, na verdade, de uma tendência comportamental que foi acentuada pela necessidade de isolamento.
A escolha dos vegetais da feira semanal, da carne do jantar e até mesmo o estoque mensal de alimentos não perecíveis e a ração do pet, ou ainda aqueles itens indispensáveis da farmacinha, aos poucos já vinham migrando para a compra pela web. As categorias de Petshop e Alimentos e Bebidas foram as que mais faturaram no e-commerce no primeiro semestre de 2019, segundo dados da Webshopper.
“Tivemos um crescimento de 27x nas vendas online. O ticket médio de uma venda online é pelo menos o dobro da venda presencial, já que o cliente tem calma para fazer a compra e pode ver todos os produtos que a loja possui. Além disso, a recorrencia de compra aumenta em até 4x, pois a comodidade que a loja oferece pelo canal online facilita a ‘ida’ do cliente ao mercado”, comenta Luiggi Senna, co-fundador da Convem Store
O consumidor já acostumou a comprar em multicanal
Se engana quem pensa que ao final da pandemia o comércio exclusivamente offline vai voltar aos patamares que possuía antes desta crise global. O consumidor aprendeu um novo jeito de realizar suas compras cotidianas. Ainda mais, quando a rotina se normalizar ele vai desejar poupar tempo e deslocamento.
O chamado comportamento “Omnichannel”, que remete ao hábito de pesquisar e comprar de forma integrada, entre o varejo físico e virtual, já se tornou o padrão. Os estabelecimentos que não estiverem prontos para atender o seu cliente em seus diferentes momento da jornada de compras perderá cada vez mais espaço no mercado.
Em 2019, 56% dos consumidores decidiram comprar um produto por encontrar a opção de compra multicanal. Na faixa que vai de 18 a 34 anos, esse número aumenta para 61%. 7 em cada 10 consumidores no mundo já desistiram de comprar em lojas físicas devido à espera em filas, segundo a Adyen.
“Realmente quando a loja abre o canal online, atrai muitos clientes novos que não tinham o costume de ir naquela loja específica. É uma oportunidade de expandir e fidelizar a base de clientes”, complementa o co-fundador da Convem Store.
Não basta ter uma loja virtual
Para se inserir no universo das vendas online, não basta construir uma loja virtual e esperar que as vendas cheguem instantâneamente. O conjunto de esforços para o sucesso da estratégia online inclui otimização de busca pelo estabelecimento na internet, marketing digital, presença em redes sociais feita de forma profissional. Tudo para chegar até o consumidor de forma relevante para construir credibilidade e conquistar espaço em sua memória.
Com o planejamento e execução corretos, o e commerce de um mercadinho de bairro pode significar um incremento de mais de R$250 mil no faturamento mensal do estabelecimento.
“Nosso time dará todo suporte necessário para o cadastro dos produtos, atualização do catálogo de vendas, recebimento dos pedidos e dicas de atendimento ao cliente. Possuímos uma base com 40.000 produtos com imagens em nosso banco de dados o que agilizará muito o cadastro. Hoje temos 200 lojas online e alguns mercados de bairro estão vendendo R$ 250.000 mensalmente em cada loja. Nossa solução é prática e focada em gerar vendas”, Aponta Manoela Novaes, Diretora de Marketing da Convem Store.
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