15 de outubro – Dia do Professor

Data homenageia o profissional que forma todos os outros profissionais 

Segundo o Censo Escolar de Educação, realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Brasil conta com 1 milhão e 400 mil professores graduados com licenciatura. A pesquisa mostra que 83,2% dos docentes do ensino fundamental (1º ao 9º ano) têm nível superior e que o percentual está crescendo se comparado aos últimos anos. Ainda de acordo com a pesquisa, a formação dos educadores para esta fase do ensino tem melhorado. Em 2019, o percentual de professores com licenciatura aumentou 6 pontos percentuais, na comparação com o ano de 2015 e 2,3 pontos percentuais em relação ao Censo Escolar 2018. 

A Estácio, um dos maiores e mais respeitados grupos do setor educacional do Brasil, atua há 50 anos no segmento de ensino superior. Presente em 23 estados e no Distrito Federal, por meio do ensino presencial, e em todo o Brasil com o Ensino Digital, contando com milhares de profissionais de ensino. A instituição celebra a data, homenageando e contando a história de superação e inspiração de uma de suas grandes professoras: Maria Imaculada Chao Cabanas, de 67 anos de vida e 49 de docência. Ela informa que decidiu lecionar para desmitificar e ensinar matemática de uma maneira mais prazerosa. Confira, abaixo, os detalhes da carreira vitoriosa de Ada, como ela é conhecida pelos alunos e colegas de profissão.   

Matemática sem mistérios  

Maria Imaculada Chao Cabanas, chamada carinhosa de Ada, tem 67 anos e tem um fôlego e uma motivação de causar admiração em muitos jovens. Ela é mãe de 1 filho e tem 1 netinho, já foi dona de casa por muitos anos e conciliava seu tempo entre as tarefas do lar e os estudos. Se formou no Curso de Normal aos 18 anos e deu aula para as séries iniciais, trabalhando muito tempo como professora do Ensino Fundamental I.   

“Exerço essa profissão há 49 anos e tenho orgulho de afirmar que sou do tempo da lousa, do giz de gesso e cheguei a era do quadro digital. Acompanhei todas as transformações sociais e tecnológicas da sociedade e, consequentemente, da educação.     

O tempo passou e a vida dela deu uma grande guinada, mas Ada não se intimidou e, muito pelo contrário, se jogou, fez faculdade de Matemática, passou em diversos concursos públicos e passou a dar aula agora para o Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, e também para o Ensino Médio.  

Entre 1986 e 1987, mesmo com tantos afazeres profissionais, ao invés do cansaço, Ada teve uma grande inspiração e elaborou um projeto fantástico com seus alunos da Escola Municipal Delfim Moreira, que fica no Bairro do Rocha e atende basicamente à comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. O colégio que a educadora lecionava tinha as paredes todas pichadas /rabiscadas e ela mobilizou os estudantes, repintando com eles o local com figuras geométricas e muitos até passaram a tomar “gosto” pela Matemática.  

A professora de Matemática passou por várias situações, porém se reinventou e se redescobriu, conseguindo entrar para Fundação Roberto Marinho e, lá, atuou por 6 anos apoiando professores a desenvolver novas metodologias e novos modos de se trabalhar com a disciplina. Durante este projeto, a educadora visitou e conheceu diversos colégios em Goiás e, depois, no Espírito Santo e na Bahia. Neste período, ela comenta que teve um aprimoramento tecnológico muito relevante e de muito aprendizado.  

Se acomodar é uma possibilidade meio que impossível para Maria Chao e ela jamais pensou nisso. Entrou para Estácio, foi promovida a coordenadora de Matemática, chegando a ser coordenadora de área e se transformou em professora adjunta. Também conseguiu ser professora substituta da UFRJ. Fez mestrado, doutorado e conseguiu entrar para equipe do banco de elaboração de questões para o ENADE e para todas as demais avaliações em larga escala do MEC, inclusive o ENEM. É avaliadora de curso, de livro didático e de conteúdo. 

Por que decidi fazer Matemática na faculdade?

Segundo ADA, a escolha pela disciplina aconteceu quando ela ainda era estudante, pois sempre quis saber o porquê seus colegas da escola tinham sérias dificuldades para aprender essa ciência tão encantadora e instigante como a Matemática.

Para sua surpresa, tal fato se repetiu quando ela começou a lecionar. A educadora conta que ficava bem triste quando via nos olhos das crianças a dificuldade em assimilar certos conhecimentos. A forma monótona como os outros professores ensinavam também a deixava bem chateada. Neste sentido, Maria Chao passou a utilizar novos métodos, pois sempre enxergou a Matemática com outro prisma. Esse olhar diferenciado, inclusive, se transformou na tese de seu doutorado e, em breve, vai virar um livro.        

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